"NARRAÇÃO ORAL: CONTEXTOS E INSTRUMENTOS"

A ARCA - Associação Recreativa e Cultural do Algarve, vai organizar uma acção de aprendizado denominada "NARRAÇÃO ORAL: CONTEXTOS E INSTRUMENTOS" dirigida a contadores de histórias, professores, animadores socio-culturais.
Esta acção consistirá em 4 sessões de quatro horas a decorrer no CAPa -Centro de Artes Performativas do Algarve, nos dias 2 e 9 de Dezembro (quarta feira) entre as 17h e as 21h e dias 6 e 13 de Janeiro (estas últimas datas ainda a confirmar entre participantes e formador) no mesmo horário.

O formador será Luis Carmelo, contador de histórias e membro da
cooperativa Trimagisto

Inscrições e informações pelo mail: geral@arca-algarve.org


Informações Gerais

Narração Oral: contextos e instrumentos
Acção de 16 horas com o objectivo de aportar a animadores sócio-culturais, técnicos de bibliotecas e professores, não só técnicas de contar contos mas também uma reflexão sobre o o fenómeno da narração oral numa perspectiva contemporânea. Nesta acção serão abordados conteúdos relacionados como o universo do conto: os valores subjacentes ao conto e acto de contar; os processos de preparação das histórias; a performance,
4 x 4 horas: 16 horas
Local: CAPa Centro de Artes Performativas do Algarve Faro
Formador: Luis Carmelo
Inscrições: 45 € (40€ associados da ARCA)

Sessão I
1. Referências e fontes.
1.1. Breve percurso pela narração oral em Portugal. Alguns casos estrangeiros.
1.2. Narradores: formas de contar e repertórios. Visionamento de vídeos de alguns exemplos.
1.3. Repertórios: mitos, lendas, contos, facécias, fábulas, romances (baladas), romances de cordel, casos e histórias de vida; contos de autor. Definições genéricas.
1.4. Fontes: oral e escrita. Implicações da natureza das fontes na apropriação das narrativas e no acto de contar.
Breve reflexão: questões éticas e os direitos autorais na prática da narração.

Sessão II
2. Processos.
2.1. Das fontes ao texto pessoal. Processos e instrumentos de apropriação da narrativa: do ouvir e contar, do ler e contar, de reescrever uma estrutura, do reescrever um texto autoral, do memorizar, etc.
2.2. Exercícios exemplificativos dos diversos processos.
2.3. O “esqueleto” da história: o que pode ficar ou sair numa apropriação pessoal e subjectiva da narrativa.
2.4. Protagonista: mais que uma personagem, um ponto de vista. A caracterização das personagens e dos espaços: aspectos psicológicos, sensoriais e outros instrumentos na construção do espaço imaginário.
2.5. Entre o discurso indirecto e o directo e a natureza narrativa ou dramática do contar.
2.6. As rimas e as repetições: amigos íntimos da oralidade.
Exercícios.
Breve reflexão: a identidade do contador e a construção de repertórios, processos e formas de contar pessoais e subjectivas.
Sessão III
3. Performance: relacionar.
3.1. A construção da relação: estar de frente ao público.
3.2. Opções de modelos relacionais e suas implicações na performance.
3.3. Instrumentos de construção de relação: a apresentação pessoal; a interpelação; os apartes; as rimas e as repetições; a interacção (jogo); o olhar.
Exercícios.
Breve reflexão: questões éticas na relação com o ouvinte.

Sessão IV
4. Performance: narrar.
4.1. Postura e gestos: práticas gerais da actuação em público. Contar de pé ou sentado: uma opção pessoal.
4.2. A voz: respiração e colocação. Modulações ao serviço da narrativa ou dos discursos directos.
4.3. O tempo: ritmos, cadências e pausas.
4.3. O tempo dramático, o tempo narrativo e o que fica no meio.
Exercícios.
Breve reflexão: questões éticas na relação com os outros narradores.