segunda-feira, abril 20, 2009

Vamos entrar na última semana dos "Contos de Liberdade 2009".

Depois de um início a 3 de Abril (o festival mais longo desde a sua primeira edição), vamos encerrar o "Contos de Liberdade 2009" no próximo dia 25 de Abril, no Moto Clube de Faro (uma nova aposta na diversificação de públicos) com o Contador de Histórias galego Quico Cadaval. No dia anterior, Quico Cadaval irá realizar a já tradicional sessão de Contos no Bar Maktostas, realizada, desde sempre, na véspera do 25 de Abril. Ambas as sessões terão o seu início pelas 22.00h

Antes, no dia 23 de Abril, pelas 21.30h, Patrícia Amaral (a contadora Tixa) e Ana Gabriel irão apresentar na Biblioteca Municipal de Faro o espectáculo “Uma snob casa de prostituição literária” uma criação colectiva baseada em contos de Anaïs Nin (para maiores de 16 anos). Dia 24 de Abril, pelas 14.00 Helena Tapadinhas (outro novo valor algarvio na arte do contar) contará na Biblioteca Municipal de São Brás de Alportel.

Contadores

Quico Cadaval (Galiza)

Actor, realizador de cinema, encenador e dramaturgo, foi um dos impulsionadores do movimento de contadores de historias na Galiza durante a década dos noventa. Presença assídua em festivais pela Europa e América Latina é considerado pela crítica como um dos mais importantes contadores de contos da Península Ibérica e vem ao “Contos de Liberdade” pela segunda vez.


Tixa (Algarve)

Conto, porque as histórias moram em mim. Levantam-se de mansinho, uma a uma, e então tenho de contá-las. Às vezes aproximam-se, sem que eu dê conta. Outras vezes gritam e esperneiam... Não escolho as histórias que conto. São elas que me escolhem a mim, para que as conte. Elas precisam do meu corpo e da minha voz. Eu preciso delas.


Helena Tapadinhas (Algarve)


Nasceu em Luanda e é talvez por isso que adora cores, sabores e ritmos quentes. Veio para Lagoa com dois anos e a sua religião é o mar do Algarve. Nas falésias das praias recebeu das ondas cantos dos homens e contos de sereia. Em Monchique, na montanha onde mora, as fadas adormecem junto às minas d'água milagrosa depois das aventuras aos cogumelos e de descobrirem os lugares onde pousam as aves.
Gosta de ouvir as histórias das pessoas e lendas com cheiro morno a esteva e a rosmaninho. E inventa outras do mundo do fantástico com as lavas e o salgema, as nerineias e o rododendro da nossa paisagem. E gosta de levar contos e lendas daqui para ali, trocar por outros e semeá-los. Gosta de comunicar fala a fala, olhar o outro no olho, na boca, nos gestos das mãos … quando as palavras são tapetes mágicos do tempo e do espaço e nos viajam para outros mundos e outras vidas.

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