terça-feira, outubro 02, 2007

A Cívis organiza...

DIA 12 DE OUTUBRO – 21H30
CLUBE FARENSE
Olhares sobre Faro
FARO, CIDADE TERRITÓRIO

Integrados nas Comemorações do 10º Aniversário, a decorrer até final do corrente
ano, a CÍVIS – Associação para o Aprofundamento da Cidadania irá promover um
conjunto de debates públicos sobre Faro, Cidade e Território, com a participação
de técnicos e especialistas nas diferentes áreas do conhecimento.
Nesta primeira sessão, os Arquitectos António Paulino, Fernando Pessoa e Porfírio Maia, vão-nos falar do seu olhar, das suas interrogações e alimentar as nossas reflexões sobre os caminhos, possíveis e desejados, do nosso desenvolvimento.

…camadas cada vez mais vastas de população, organizadas em associações
sem fins lucrativos, mobilizam esforços no sentido de alertar os poderes
públicos para as necessárias mudanças de política e de planeamento…

Através dos meios de comunicação social têm surgido as mais variadas notícias
sobre a necessidade de proceder à revisão dos Planos Directores Municipais.
Alguns autarcas queixam-se dos investimentos que fogem dos concelhos por
causa das normas restritivas dos planos. Os promotores imobiliários e os
proprietários do solo encaram essas restrições como uma sobrecarga burocrática
incomportável ao crescimento económico e limitadora da iniciativa privada, os
especialistas debatem as dificuldades de levar os planos à prática1 e os cidadãos,
atónitos, pensam que estas questões são jogos de interesses para eleitos e
privilegiados se entreterem, enquanto a qualidade de vida das cidades se deteriora
cada vez mais, obrigando-os a procurar os espaços periurbanos para se
instalarem.

Paralelamente, camadas cada vez mais vastas de população, organizadas em
associações sem fins lucrativos, mobilizam esforços no sentido de alertar os
poderes públicos para as necessárias mudanças de política e de planeamento
tendo em consideração que não é mais possível delapidar os recursos naturais sob
pena da humanidade ficar em perigo. A constatação de que os recursos naturais
são finitos, em particular após a crise petrolífera de 73, alertou consciências,
implicando novas reflexões e outras práticas que, lentamente, foram abrangendo
todos, ou quase todos, os sectores sociais e económicos. Todavia, as posições
mais conservadoras confrontam-se com visões mais liberais sem que se perceba
onde está o equilíbrio para a tomada de decisão tendente ao desenvolvimento que,
supostamente, se quer sustentável.

Num cenário em que a gestão urbanística parece não ser suficiente para garantir a
qualificação das cidades e as características dos espaços rústicos a longo prazo,
equaciona-se a necessária revisão dos processos de planeamento do território e a
aplicação dos princípios de sustentabilidade nestes documentos, nomeadamente o
planeamento participativo.

O processo de transformação do território e da cidade teve sempre origem em
diferentes factores e, cada um deles contribui diferentemente para a dinâmica da
expansão urbana. A identificação desses factores e o peso específico de cada um
é essencial para compreendermos o que acontece no território, mesmo que a inter-
relação entre as práticas sociais e as políticas, que são o motor da transformação,
nem sempre seja identificada.

OS DIREITOS E DEVERES DOS CIDADÃOS SÃO INSEPARÁVEIS DA CIDADANIA ACTIVA E CONSCIENTE

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