quarta-feira, dezembro 24, 2003

Voluntariado nos Balcãs e outros

Car@s Amig@s,

A AJP procura jovens dos 18 aos 25 anos interessados em fazer voluntariado na Europa e no México por 6, 9 ou 12 meses. A AJP e os seus pareciros internacionais promovem projectos de voluntariado no âmbito do Serviço Voluntário Europeu (SVE) há já alguns anos e em áreas de intervenção diversificadas (projectos de educação ambiental, desenvolvimento local, exclusão social, informação, juventude, etc.).

O Serviço Voluntário Europeu faz parte do Programa Juventude da Comissáo Europeia e tem por grandes objectivos proprocionar oportunidades de mobilidade aos jovens europeus, o desenvolvimento de competências através da educação não formal e promover uma cidadania activa. Para tal, a Comissão Europeia financia na totalidade os custos do voluntariado.

Neste momento temos um grande projecto na região dos Balcãs organizado em parceria pelo Movimento Internacional a que pertencemos, o YAP- Youth Action for Peace International e o SEEYN - South East Europe Youth Network sobre as Percepções Interculturais na Europa de hoje.

Mas há ainda outros projectos com vagas em França, Grécia e México.
Seguem as descrições dos projectos.
Para mais pormenores, informações ou dúvidas não hesitem em nos contactar.
Pede-se a máxima divulgação destes projectos junto d@s potenciais interessad@s.

Balcãs
Prazo para envio de voluntári@s- 15 de Fevereiro
6 meses (15 de Março a 15 de Setembro)
Onde?
Macedonia, YOUTH CUKTURAL CENTER BITOLA
Servia e Montenegro, YOUNG RESEARCHERS OF SERBIA e ASSOCIATION FOR DEMOCARTIC PROSPERITY
Croácia, YOUTH PEACE GROUP DANUBE
Bosnia-Herzegovina SCOUT ASSOCIATION OF REPUBLIC SRPSKA

Se quiseres mais detalhes sobre este projecto, não hesites em contactar a AJP o mais depressa possível.

França
Ferme du Fai- projecto de exclusão social nos Alpes, 6 meses, numa quinta ecológica
Vaunieres- projecto sobre exclusão social, 9 meses nos Alpes, numa aldeia reconstruída pela organização
Katimavik- Le Creneau- projecto colectivo de 9 meses, focado sobre a interculturalidade apartir dos próprios voluntári@s.
Beaumotte- projecto de 9 meses, centro que lida com jovens de risco e trabalha a sua inclusão social

Grécia
Projectos de 6 meses a começar a partir de 31 de Agosto de 2004

Youth activities and Youth Information for the local developmentn of Kryoneri ( Educação Ambiental em área rural e trabalho com crianças e jovens)
Youth Center of Korinth (Informação e Actividades para Jovens)
Lake of Stymfalia (Desenvolvimento Local e Educação Ambiental)

México
projecto de 4 a 6 meses
mais informações em www.vivemexico.org

Mais informações é só pedir junto da Sandra Silvestre na AJP.

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Jantar de Natal da ARCA

Hoje Jantar de Natal da ARCA

Mais informações (que eu também nãotenho):289 804952

Imigração: "Portugal tem de assumir a sua diversidade

Congresso na Fundação Calouste Gulbenkian

Sofia Branco
PUBLICO.PT

"Portugal tem de assumir a sua diversidade, a sua multiculturalidade", afirmou o jurista Geraldo Cruz Almeida, durante uma intervenção no I Congresso Imigração em Portugal, ao mesmo tempo que lamentava a não existência de "uma política séria de inclusão das minorias".

A tarde de hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, que alberga o congresso organizado pelo Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, compôs-se de dois debates, um sobre gestão da diversidade e outro sobre imigração e desenvolvimento.

O primeiro tema partiu de uma exposição do especialista em psicologia social Jorge Vala, que apresentou vários dados para concluir que os portugueses ainda são bastante preconceituosos em relação aos imigrantes, mas que actualmente os comportamentos discriminatórios são mais subtis, já que socialmente o racismo descarado deixou de ser bem aceite. Essa subtileza, exemplificou o professor, é nítida em casos como o de uma escola de Bragança, onde recentemente uma associação de pais se insurgiu contra a inclusão no estabelecimento de ensino de uma turma de risco, que incluía alguns alunos de etnia cigana.

Verónica Policarpo, ligada ao Observatório da Imigração, reconheceu também que "o racismo flagrante está em declínio", mas realçou que ainda continua a ser um problema real para os grupos discriminados. Na opinião da investigadora, "as pesquisas sobre imigração feitas até aqui são dominadas pela perspectiva das maiorias", sendo imperioso que se inclua o ponto de vista das minorias em causa.

As referências ao papel da comunicação social foram vastas no primeiro painel, tendo Verónica Policarpo apontado a sua capacidade para alterar os valores vigentes, corrigindo as crenças falsas e promovendo a rejeição de tradições em desuso. No entanto, indicou, os média tanto podem ser "vectores de anti-racismo" como "vectores de racismo", já que produzem um discurso sobre as minorias, mas feito pelas maiorias e para as maiorias. Jorge Vala tinha considerado antes que a comunicação social não é "muito sensível à discriminação".

Mas a apresentação mais apelativa do primeiro painel viria a ser a do jurista Geraldo Cruz Almeida, que soube usar alguns argumentos jurídicos para avaliar a realidade actual. Depois de referir que a questão da gestão da diversidade "é muito antiga", recuando ao tempo de Moisés e ao Velho Testamento e tendo estado presente nos gregos e nos romanos, o jurista defendeu que essa mesma gestão consiste num misto das leis do estrangeiro com as leis dos locais que o acolheram.

"Portugal tem de assumir a sua diversidade, a sua multiculturalidade", afirmou, lamentando a não existência de "uma política séria de inclusão das minorias".

"Portugal tem uma das leis que mais rejeitam a nacionalidade"

Além disso, referiu, quando o principal órgão de gestão dessa diversidade é o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), "um órgão policial", que pode, inclusivamente, "revogar decisões tomadas pelos consulados no estrangeiro", está-se "a oficializar o medo", como que a dizer que "essa gente diversa e estranha" que são os imigrantes precisa de ser vigiada. E Geraldo Cruz Almeida deu um exemplo muito concreto: a Lei da Imigração estabelece que são portugueses de origem os filhos de pais que residam no país há mais de seis anos; no entanto, a aplicação da lei pelo SEF muda o "são" para "presumem-se" e parte da ideia de que os filhos é que têm que viver no país há seis anos, ficando, portanto, durante esse período, sem nacionalidade.

Muito aplaudida, a intervenção encontraria eco na plateia, com o presidente da Casa do Brasil, Carlos Vianna, a afirmar que "Portugal tem uma das leis que mais rejeitam a nacionalidade", parecendo esquecer-se o tempo todo dos cinco milhões de emigrantes que tem espalhados pelo mundo.

Coube a João César das Neves iniciar o debate seguinte sobre a relação entre imigração e desenvolvimento. O economista começou logo por dizer que a imagem típica da imigração como uma mera busca de emprego e de melhores condições económicas é "falsa", realçando a existência de outros factores tão ou mais importantes.

Outra das conclusões dos estudos apresentados pelo orador exclui a correlação entre a imigração e a redução do salário dos locais, já que os estrangeiros ocupam, normalmente, postos de trabalho que os nacionais não querem. Isto invalida também a ideia de que o aumento da imigração favorece a subida dos índices de desemprego.

A também economista Maria Baganha acrescentou que há uma "relação directa e efectiva entre a imigração e o aumento do bem-estar dos imigrantes e seus descendentes", enquanto um eventual impacte no aumento do custo de vida "nunca se provou".

Pode ainda concluir-se que os fluxos migratórios dão-se geralmente no sentido dos países menos desenvolvidos para o países mais desenvolvidos, mesmo quando acontecem no seio de uma área geográfica subdesenvolvida, salientou a economista.

Para o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, quando se pensa nos efeitos da imigração "não há razão para pessimismo", embora se deva "moderar o optimismo", principalmente no que toca às expectativas dos que emigram. Francisco Van Zeller vê a diferença cultural como um factor de desenvolvimento e considera que "Portugal ficou demasiado monocultural e tem necessidade de diversidade" para melhorar o seu desempenho.

sexta-feira, dezembro 12, 2003

Salto News on Inclusion

In this SALTO Inclusion newsletter you will find the following issues:

1) New staff in the SALTO Inclusion Resource Centre on Inclusion
2) Reminder on the training course on "inclusion through sports" 2004
3) New tools in toolbox
4) Links to websites concerning inclusion, poverty, etc.

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1. NEW STAFF:

We would like to introduce ourselves:
The SALTO Inclusion Resource Centre has become a 'true resource centre'.
Therefore the Inclusion staff has increased, which means two new persons
have joined Tony Geudens in the SALTO Inclusion work.

Let's present ourselves:
*Ann Hendriks:
the smallest of the three musketeers, age 36. She works part time for the
SALTO RC on Inclusion but also part time for action 3 group initiatives.
Before Ann joined SALTO she was responsible for Group Exchanges, Group
Initiatives and inclusion in the Flemish National Angency (YOUTH
Programme). Her task will mainly focus on the training courses, the
inclusion content of the RC. You can contact her on the following email
address: inclusion@salto-youth.net.
*Tine Van Roy:
steady as a rock, age 26. Her work will mainly focus on the logistics for
the inclusion training courses and the SALTO newsletter. She's available on
tcinclusion@saltoyouth.net
*And of course Tony Geudens:
well known and working for SALTO from the very first beginning. He will be
mainly responsible for the inclusion training courses, and the trainers
online for YOUTH (TOY), and some inclusion work. He's to contact at
toy@salto-youth.net.

If you want to see us, you can find our picture on the SALTO website:
www.salto-youth.net/contacts/

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2. REMINDER: SALTO TRAINING COURSE ON INCLUSION THROUGH SPORTS

How to use sports and outdoor pedagogics as an educational tool to include
young people with fewer opportunities in YOUTH programme projects?

The SALTO Inclusion Resource Centre will organise this TC Inclusion through
Sports course twice in Spring 2004, within the frame of the European Year
of Education through Sports.
Deadline for applications 31 January 2004 (more info below)

DATES AND VENUE:

- from Monday, 29 March 2004 (arrival date) to Sunday, 4 April 2004
(departure date)
- from Monday, 24 May 2004 (arrival date) to Sunday, 30 May 2004 (departure
date)

Both courses will take place in a seminar centre in Deinze, Belgium.

APPLICATION PROCEDURE:

Use the application form that you can find on the SALTO website for both of
the SALTO Inclusion through Sports courses. DEADLINE FOR APPLICATIONS to
the National Agency/National Coordinator in your country is 31 January
2004. Selection of participants by the National Agencies and the allocation
of places on the two SALTO Inclusion through Sports courses will be done by
end February 2004

For more information please check the SALTO site on
www.salto-youth.net/tcsports/

Also check out the rest of the SALTO course offer 2004 on
www.salto-youth.net/courses/ or in the European Training Calendar
www.salto-youth.net/training/

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3. NEW TOOLS IN TOOLBOX

Two new 'inclusion tools' are added into the SALTO toolbox.

*A report from "PUZZLED 2003" a training course on short term EVS with the
aim to stimulate the participation of young people with fewer opportunities
into the European Voluntary Service of the YOUTH programme. A second aim
of this training is to use the concept of short term EVS as a regular
method in the own organisation and as a step in a larger path way with the
youngster, but also to build quality projects based on strong and trustful
partnerships.
More information on http://salto-youth.net/find-a-tool/263.html.

*The "SUMMER TANDEM 2003" is an example of good practice and is initiated
by national agencies of the YOUTH Programme. The starting point is to link
a short term EVS volunteer to a running long term EVS hosting project. The
practical set-up of this project is divided into different steps in order
to maximise an outcome in projects and volunteers with positive
experiences.
Please check for more information:
http://salto-youth.net/find-a-tool/264.html.

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4. LINKS ON INCLUSION

Hereby you can find some links to certain websites concerning inclusion,
poverty, etc.
In future Inclusion newsletters we will highlight some more links on social
inclusion.

*The EUROPEAN ANTI-POVERTY NETWORK (EAPN) www.eapn.org
EAPN is an independent coalition of non-governmental organisations and
groups who fight against poverty and social exclusion in any European
member state. The main objective is empowerment of people and groups who
are confronted with poverty and social exclusion.

*POVERTY NET www.worldbank.org/poverty/
PovertyNet is a World Bank web site developed to provide resources for
people and organizations working to understand and alleviate poverty. The
World Bank Group's mission is to fight poverty and improve the living
standards of people in the developing world. It is a development Bank which
provides loans, policy advice, technical assistance and knowledge sharing
services to low and middle income countries to reduce poverty. The Bank
promotes growth to create jobs and to empower poor people to take advantage
of these opportunities.

*The EUROPEAN ASSOCIATION FOR RESEARCH AND TRAINING ON INTEGRATION IN
EUROPE (A.R.F.I.E.), www.arfie.org
A.R.F.I.E.was set up in 1992 as a European network to improve the
assistance, social integration and social services available to people with
disabilities; mainly heavily dependent people with learning difficulties
and people with associated psychiatric disorders.
A.R.F.I.E. members run training, life skills and placement courses for
disabled people wishing to find work. They also train the staff who work
with them, on all issues relating to the daily lives and needs of their
clients.

These and more links on inclusion you can find online at
www.salto-youth.net/linksinclusion/

Direitos Humanos

Depois da "enorme" divulgação do dia dos Direitos Humanos (não é preciso divulgar muito , porque em Portugal não temos problemas a este nível...) aqui vão algumas informações:

Realizou-se hoje,em Lisboa, a 2ª Reunião do Grupo Nacional de Trabalho no âmbito da Campanha Anti-Discriminação da União Europeia, no Hotel Lisboa Plaza.
Presentes inumeras ONG´s ,(Solidariedade Emigrante/SOS Racismo, Deficientes, etc) , representantes de entidades patronais e sindicais, Alto Comissariado para as Minorias Etnicas, para alem de duas associaçoes glbt portuguesas, Opus Gay, e Ilga Portugal.
A discussao centrou-se à volta das estrategias a implementar no ano 2004, para a divulgaçao das Directivas Comunitarias sobre Discriminação no local de Trabalho,e da propria campanha Contra a Discriminaçao que abrange 25 paises comunitarios,e se vai prolongar por 5 anos.

Entretanto já está disponivel na net (http://www.stop-discrimination.info) um novo relatório da Comissão Europeia sobre medidas de combate à discriminação. O relatório apresenta de uma forma clara e acessível o que está sendo feito este ano pela UE no combate à discriminação, seja ela referente à raça, cor, idade, etnia, origem, orientação sexual ou incapacidade.



quarta-feira, dezembro 10, 2003

O Prémio Nobel da Paz foi, esta quarta-feira, entregue, em Oslo, a capital da Noruega.

Noticia Euronews

O Prémio Nobel da Paz foi, esta quarta-feira, entregue, em Oslo, a capital da Noruega.

A escolha do Comité Nobel recaiu, este ano, sobre Shirin Ebadi, uma iraniana de 56 anos, advogada, activista dos Direitos Humanos e defensora sobretudo dos direitos das mulheres e das crianças.

Shirin Ebadi congratulou-se com esta distinção e referiu que "a entrega do Nobel da Paz a uma mulher iraniana, um país muçulmano do Médio Oriente, é,indubitavelmente, uma inspiração para as muitas mulheres que lutam pelos seus direitos, não apenas no seu país mas em toda a região".

O Prémio Nobel da Paz consiste numa medalha em ouro, um diploma e um cheque no valor de cerca de 1,2 milhões de euros.

Satisfeita com este galardão e consciente do poder e responsabilidade acrescida que ele lhe confere, Ebadi aproveitou esta janela para o mundo para fazer algumas chamadas de atenção.

Acusou nomeadamente os Estados Unidos de violarem o Direito Internacional, com o pretexto dos atentados de 11 de Setembro e da guerra contra o terrorismo; lembrou a situação dos prisioneiros da base cubana de Guantanamo e falouda ocupação dos territórios palestinianos por Israel, para alertar para o facto de alguns países não cumprirem as resoluções da ONU.

Para além do Nobel da Paz, também hoje, na Suécia, foram entregues os outros prémios que ostentam o nome de Alfred Nobel: da Literatura, da Medicina, da Física, da Química e da Economia. MB

10 de Dezembro Dia dos Direitos Humanos

Gostaram das comemorações do Dia dos Direitos Humanos?

Para o ano há mais....

SHOW D'OUTONO

13 DE DEZEMBRO DE 2003 - A PARTIR DAS 15H00

ANTIGA FÁBRICA DA CERVEJA


Workshops...

Ø Artes de fogo;
Ø Percussão Corporal;
Ø Pintura corporal;
Ø Construção de personagens;
Ø Dança Oriental;
(com um valor simbólico de 1 euro)


shows do Show...

Ø Projecção de filmes de jovens realizadores

Portugueses;
Ø Apresentação de produtos dos Workshops;

Ø Contadores de histórias;

Ø “Chill Outono” / espaço de relaxamento interactivo;

Ø Concerto dos “Trovadores da Lua Nova”.
Outros...

Ø Informação dos núcleos da ARCA e das suas actividades;
Ø Exposições várias;
Ø Bar do Comércio Justo;
Ø Comes vegetarianos.

Preço previsto para entrada no Show : 2€ p/ não sócios, 1€ p/ sócios.

Vamos ter jantares também. Frango 6 euros e vegetariano 5 euros. Faz já a tua reserva na ARCA, na Taverna e no Maktostas.

segunda-feira, dezembro 08, 2003

Portugal É o País Onde Mais Pessoas Defendem Zero Imigrantes

Por A.S. (Jornal Público)
Domingo, 07 de Dezembro de 2003

Mais de metade dos portugueses (56 por cento) defendem que Portugal deve receber poucos ou nenhuns imigrantes. Isto se se falar apenas de estrangeiros da mesma etnia da maioria da população portuguesa; caso contrário, o número dos que assumem uma posição ainda mais restritiva aumenta: 23,2 por cento defendem zero imigrantes de etnias diferentes; 38,3 afirmam que podem vir, desde que sejam poucos. Estes são alguns dos resultados das perguntas colocadas ao europeus sobre imigração, no âmbito do Inquérito Social Europeu (ISE).

O peso dos portugueses que defendem imigração zero (17,6 por cento, no caso de estrangeiros da mesma etnia) ganha ainda mais relevância quando nenhum outro país dos 19 que constam da base de dados do ISE apresenta um número de respostas semelhantes tão elevado.

Alice Ramos, do Instituto do Ciências Sociais, diz que o cruzamento de algumas informações do ISE mostra que a abertura a gente de fora aumenta à medida que se sobe no escalão de rendimentos e no nível de escolaridade. Já os indivíduos que se consideram de "direita" são menos condescendentes.

Até agora, pouco foi aprofundado pelos investigadores sobre estes novos números. Contudo, a aceitação da imigração pode estar a degradar-se em Portugal. Um estudo, também de âmbito europeu, conduzido em 1999/2000 ("European Values Study") mostrava que 11,5 por cento dos portugueses defendiam que o Governo deveria deixar entrar toda a gente, sem condicionalismos; 61,4 por cento afirmavam que os imigrantes deveriam vir, mas desde que houvesse trabalho. Portugal era, na altura, um dos países mais favoráveis à imigração.

O ISE pretendeu ainda averiguar quais são, na opinião dos cidadãos de cada país, os aspectos que devem ser tidos em conta na hora de deixar entrar mais imigrantes. As qualificações profissionais? O nível de educação? A língua? Ser branco?

Os resultados mostram que as qualificações profissionais são, de longe, o aspecto mais valorizado. Para 67 por cento dos portugueses esse é também o principal requisito que deve ser ponderado na hora de deixar trabalhar e viver no país cidadãos estrangeiros.

A Holanda, a Noruega e a Suécia estão entre os estados europeus mais abertos à imigração. Talvez porque atribuem ao fenómeno menos aspectos negativos. Por exemplo: só 11,6 por cento dos noruegueses e 15 por cento dos suecos acham que a chegada de gente de fora fez baixar os salários; uma ideia que é partilhada por 81 por cento dos gregos e por 56,7 por cento dos portugueses.

O estudo procurou ainda investigar quais as barreiras que existem que possam inibir as oportunidades de trabalho dos imigrantes, especialmente os que pertencem a minorias étnicas. E fê-lo, por exemplo, ao perguntar se as pessoas se importariam de ter um patrão proveniente de outro país.

Em todos os estados, com a excepção de Israel, a esmagadora maioria parece não se importar de ser chefiado por alguém de outro país, ainda que esse cenário tenha menos adeptos quando se põe a hipótese de o chefe ser alguém de outro grupo étnico. são 48 por cento

sexta-feira, dezembro 05, 2003

Concurso para projectos de prevenção e luta contra a violência

Council of Europe Award “Young Active Citizens” 2004

“Participation of young people in the prevention and
fight against violence in everyday life”

For the third year running, the Council of Europe organises the “Young active citizens” Award, promoting active participation of young people in society.

Any concrete and sustainable measure, action or project in support for young people’s active participation on local and/or regional level in the prevention and fight against violence in every day life is welcome to apply!

The Award aims at promoting and supporting the development of the project and at the promotion of the Council of Europe’s Youth Sector’s philosophy of co-management. The Revised Charter on participation of young people in local and reg! ional life as adopted by the Congress of Local and Regional Authorities of Europe is a source of inspiration.

Who can apply?

young people, their NGO’s or representative organisations, networks or other structures.

local and/or regional authorities.

in all the States parties to the European Cultural Convention.

What kind of projects?

projects have been implemented in 2003 and finish 15th of May 2004 at the latest.

projects can address any kind of violence in every day life: domestic violence, gang violence, violence in and around school, gender based violence, violence motivated by racism and e! xtremism…

projects show cooperation between young people, their organisations and local or regional authorities.

projects can address the problem in different ways: campaigning, prevention, training, …

How to apply?

Deadline is 15th of May 2004

Look for the application and guidelines at www.coe.int/youth or send an e-mail to:leen.laconte@coe.int




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info@training-youth.ne! t

Um mistro de demagogia, populismo e intolerância

Escola EB 2/3 Paulo Quintela
Bragança: pais ameaçam boicotar aulas em protesto contra integração de alunos ciganos

Lusa
A associação de pais da Escola EB 2/3 Augusto Moreno, de Bragança, decidiu ontem à noite que os filhos deixarão de frequentar as aulas se uma turma de etnia cigana for colocada naquele estabelecimento.

Esta é uma das formas de luta que pais e encarregados de educação estão dispostos a adoptar se a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) insistir em transferir para aquela escola cerca de 20 alunos já rejeitados por outros estabelecimentos de ensino.

A oposição ao acolhimento desta turma foi manifestada unanimemente numa assembleia geral, a mais concorrida de sempre desta associação, com a presença de cerca de 150 pais e encarregados de educação dos mais de 500 alunos que frequentam o estabelecimento de ensino.

Os presentes subscreveram o teor da convocatória desta assembleia, que considera um risco maior para o desenvolvimento pessoal e escolar das crianças a integração de uma turma de indivíduos de uma faixa etária superior, entre os 13 e os 18 anos. O que mais preocupa os pais é o alegado historial de criminalidade dos jovens de etnia cigana — alguns dos presentes relataram casos de roubo, agressões e destruição de material.

Para alguns pais, a "integração pretendida para estes jovens é uma fraude", pois, segundo dizem, eles só estão na escola por serem obrigados, de forma a que as famílias possam continuar a receber o Rendimento Social de Inserção (que veio substituir o Rendimento Mínimo Garantido).

As principais críticas da assembleia foram dirigidas à DREN, organismo que acusam de estar a impor esta solução sem atender à falta de condições da escola, tanto em termos de espaço como de recursos humanos.

Os pais questionaram ainda a legalidade do acto de transferência da turma em causa para uma escola que não faz parte do agrupamento escolar a que deviam pertencer os jovens. Segundo alguns dos presentes, aos seus filhos já foi recusada a transferência para outras escolas por este motivo.

Para Vítor Alves, da associação de pais, esta transferência compreende-se ainda menos quando já passaram três meses do início do ano lectivo, já que irá obrigar a uma paragem de pelo menos duas semanas nas aulas para reorganizar o funcionamento da escola.

A assembleia sugeriu que seja encontrada outra alternativa para estes jovens, nomeadamente pela via da formação profissional, visto que os currículos que seguem são diferentes do restante ensino. Todas estas questões ficaram expressas num texto acompanhado de um abaixo-assinado, que seguirá hoje para a DREN e que rejeita liminarmente a integração da turma na escola.

Exclusão Social

Um artigo saido no Público:

Numa altura em que se fala o Komboyo dos Lokos e na importância das Associações como fortes instrumento de intervenção no combate pela inclusão social:



Especialista defende revisão de estratégias para lidar com exclusão social

Lusa
O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal (REAPN), Agostinho Jardim, defendeu hoje, num seminário no Porto, a necessidade de serem revistas as estratégias de intervenção social junto da população mais desfavorecida.

Considerando que os actuais modelos de intervenção social "não respondem às necessidades humanas", Agostinho Jardim frisou que "não basta dinheiro e técnicas", sendo necessário "ir ao encontro da pessoa e criar uma relação afectiva para lhe despertar a vontade de ser feliz e de se integrar na sociedade".
Na abertura do seminário "A pobreza e a exclusão social extrema - contextos, políticas e modelos de resposta", aquele responsável disse ser imperioso evitar a conclusão de que "tanto trabalho e tanto dinheiro gastos deram tão poucos resultados".

O seminário foi organizado no âmbito de um projecto transnacional (Portugal-Itália), denominado "In-Extremis", desenvolvido ao nível da iniciativa comunitária Equal. A nível nacional, o projecto, que começou a ser desenvolvido em Outubro de 2002 e termina em Setembro do próximo ano, tem como objectivo aumentar a eficácia da intervenção social em situações de vulnerabilidade extrema, associadas a temas como os sem abrigo, imigração, prostituição e toxicodependência.

O encontro, que reúne durante todo o dia técnicos de instituições portuguesas e italianas envolvidas no projecto, foi organizado para contribuir para o melhoramento dos recursos e das capacidades de resposta dos técnicos que trabalham com estes públicos.

O coordenador nacional da REAPN, Sérgio Aires, considerou que uma primeira conclusão do trabalho já realizado aponta para a inexistência de uma cultura social. "Daí, o fracasso da maior parte das iniciativas e da dificuldade de convencermos a opinião pública de que se deve combater a pobreza", concluiu.

Sérgio Aires referiu o regresso de "um conjunto de fantasmas", designadamente a ideia de que "os pobres são culpados da situação em que vivem" e que "a pobreza é coisa do destino e portanto não há nada a fazer, a não ser aliviar a dor das pessoas". "Estamos a chegar à conclusão de que falhamos em algum sítio e de que os princípios da partilha e da vida em comum estão postos em causa através de um modelo claramente individualista", acrescentou.